Lyric

Meia-noite sangra nas paredes do cânion

Botas quebradas, o silêncio chama então

Você deixou um bilhete sob a pedra

“Siga o vento — não ande sozinho, espera”

Há um fogo nas colinas hoje à noite

E a lua veste uma luz fantasma, tão fria e suave

Na Estrada do Cavalo Pálido

Onde as sombras dobram e o vento frio assopra

Ainda vejo seu rosto

No pó do banco de trás de um carro que se foi

Fumaça no espelho

Ecos na fiação

Corações não quebram — eles desaparecem

Atravessei a fronteira com uma oração

Seu lenço vermelho amarrado na minha mão

O rádio tocava um velho norteño

Mas o chiado sabia o que eu não podia mostrar

Vejo miragens onde seu sorriso ficou

Em cada cidade onde nunca paramos

Na Estrada do Cavalo Pálido

Onde o silêncio anda e as memórias brilham

Ainda ouço sua risada

No sussurro do gás no Texaco

Ferrugem nos trilhos

Fantasmas em patrulha

O amor não parte — aprende a deixar ir

Uma moeda para o barqueiro

Um trago para a dor

Seu nome na minha boca

Como um refrão sussurrado

Na Estrada do Cavalo Pálido

Só eu, as estrelas e a correnteza

Ainda sigo seus passos

Na terra seca e rachada onde crescem os agaves

Pó nos pulmões

Canção nos ossos —

Eu sigo sozinho… eu sigo sozinho