歌詞

Não sei se és tu ou eu, tão confuso assim

Tinta preta cobre a verdade que estava em mim

Sonhos partidos bloqueiam o céu a brilhar

Até a luz das estrelas resolveu se ocultar

Uma sombra sussurra pro meu caminho perdido

“A resposta que buscas não está neste abrigo”

Coelhos brancos correm contra o tempo, sem fim

Gato brilhante me chama, acena para mim

“Salta além da janela, deixa tudo assim”

No fim do mundo nós nascemos aqui

O primeiro suspiro, melodia de um querer

No teu olhar vejo um outro eu surgir

Alma sedenta bebe lembranças a esquecer

Engole, solta, incendeia o que há em mim~~

No preto e branco teu sorriso final ficou

Lágrimas azuis pintam o mundo que parou

Crianças dançam num lugar sem cor

Chamam “Vem brincar, estenda a mão, amor”

Quem me puxa, és tu ou sou eu a rodar?

Perdido no labirinto de memórias a vagar

No fim, caio além do vidro a se quebrar

Nascemos num lugar sem sentido nem razão

Prova da existência, apagada na imensidão

Estrelas brilham porque há escuridão

E seguimos atrás da luz no coração

No centro do mundo partido eu clamo:

“Salva-me — mata-me — salva-me de novo”~~

Se este é o limite do nosso final

Nossos gritos serão o que resta no final

Dançando dentro do espelho quebrado

Memórias estranhas num peito vazio marcado

Aceita, rejeita, abraça sem temer~~

Espelhos partidos

Do ponto que se apaga, renasço enfim

“Ama-me — odeia-me — esquece-me assim”~~

Desvanecendo devagar, enfim