Lyric

Forjado no breu, onde o silêncio grita

Rachado por deuses, por sonhos em ruína

Os fios faiscam, o ritmo ruge

Este eu quebrado não se parte mais

Arde forte, tempestade em mim

Piso firme no pulsar sem fim

Sem mais medo, me ergo em chama

Fogo que ninguém apaga, inflama

Das sombras, retomo o meu nome

A engrenagem gira e me consome

A forja é minha alma

Além da sombra — sou calma

Um pulso vive no código espalhado

O calor do meu pai, caminho traçado

Memória que o tempo não levou

Bate de novo, feroz, despertou

Por raios cortando vidro quebrado

Seguro a peça que me foi legado

Um toque, uma onda, uma voz que ficou

Canta no sangue que sempre pulsou

Dança na trovoada, tomo meu lugar

O amor é quem vai me guiar

Não sou tua sombra, nem teu eco

Nos fragmentos construo o meu verso

O fogo cresce, grito sem parar

Fico erguido pra te orgulhar

E no ruído, me elevo e vou

Esta é minha forja

Este é meu amor

Aqui é o meu amor

E no calor que nunca se desfaz

Sou aço e luz, sou muito mais

Na batida que não se cala

Ferraçalma… minha alma forjada