Lyric

O óleo brilha na lamparina de vidro

Na floresta escura da noite sem fim

Vestidos com mantos, cada um avança

E carregam consigo o fogo assim

Sussurros de passos

Estalos das árvores

Rostos ocultos

Sob os capuzes

O sussurro cresce

Como uma balada

E o óleo brilha

Nas lamparinas a arder

Uma peça sombria —

As bruxas encenam, os magos vão contar

Abrirão o véu —

Penetrando em teus sonhos, a te assustar!

Chegando à clareira

Formaram o círculo ritual

O fogo das lamparinas

De repente começou a escapar

Ele corre rápido pelo círculo

Queima os mantos de baixo

Mas não consegue escapar

O mal conduz o corro ritual

Um deles canta algo estranho

Um canto antigo, sombrio e fatal

Uma peça sombria —

As bruxas encenam, os magos vão contar

Abrirão o véu —

Penetrando em teus sonhos, a te assustar!

Um clarão iluminou tudo por um instante

Relâmpago ardente cortou o ar

E o trovão o seguiu ferozmente

Todos pararam sem se mexer

Os mantos caíram

A carne já sem vida

Seus olhares se prenderam à chama

O círculo se fechou implacável

O fogo se moveu mais rápido

Mas não conseguiu escapar

Mãos se estenderam para o fogo

Como mariposas para o farol

Absorvendo sua luz…

Até que ele se extinguiu

A pele rejuveneceu

Brilhando ao luar

Macia e sedosa

Nada igual neste mundo

Cidadãos e aldeões temem e evitam

Até os animais silenciaram

Escondidos na relva e no campo

Quem vê seus rostos, sente terror

Dizem que elas vêm

Levando almas nos sonhos mais sombrios

Capturando a chama

Transformando-a em lamparina

Como um animal encurralado

Uma peça sombria —

As bruxas encenam, os magos vão contar

Abrirão o véu —

Penetrando em teus sonhos, a te assustar!