Lyric

Você queria rosas—plásticas, podadas, sem ar

Eu cheguei de bota, com terra pra mostrar

Passou por mim como se eu fosse nada

Mas cresci nas fendas—fiz a sujeira ser dourada

Você disse que eu morria sem o seu sol

Mas olha quem queima—sou eu, no farol

EU SOU FLOR SELVAGEM, AMOR—

RAIZ NA REBELDIA!

Não pedi teu carinho

Nem preciso da tua vigia

Floresço no caos, suave na fúria

Cada pétala é poesia, cada espinho é escritura

Pode chamar de erva daninha, do que quiser falar

Eu continuo em pé—e você foi embora sem olhar

Você gostava do jardim limpo, manso e igual

Eu quebrei as regras só por ser total

Cor que você nunca soube segurar

Histórias cruas, corajosas, pra assustar

Agora invado calçadas, floresço por despeito

Perdeu a única que brota no escuro, sem jeito

EU SOU FLOR SELVAGEM, AMOR—

RAIZ NA REBELDIA!

Não pedi teu carinho

Nem preciso da tua vigia

Floresço no caos, suave na fúria

Cada pétala é poesia, cada espinho é escritura

Pode chamar de erva daninha, do que quiser falar

Eu continuo em pé—e você foi embora sem olhar

Tentaram me cortar, dizer que eu não pertenço

Mas erva brava cresce mais no silêncio

Não prende o selvagem, não falsifica o livre

Quis me possuir—agora só me revive

Você nunca me viu

Nunca me colheu

Mas eu floresci assim mesmo

E agora—

VOCÊ ME PERDEU

FLOR SELVAGEM—SEM CUIDADO, SEM DONO, INQUEBRÁVEL!

LÁBIOS DE FOGO, CORAÇÃO INCALCULÁVEL!

NÃO CABE NO TEU VIDRO

NUNCA FUI TEU TIPO—

MAS FLORESÇO EM ALTO SOM

E EU VIVO O MEU RITMO!

[Então da próxima vez que vir uma “erva” na rua

Baixe a cabeça

Acabou de passar por uma rainha

FLOR SELVAGEM—NÃO TE ESCOLHI, MAS TÔ AQUI!

BROTANDO ALTO, NÃO PRECISO DO TEU MEDO, VI!

VOCÊ NÃO ME PLANTOU—MAS EU NASCI MESMO ASSIM!

SOU A RAINHA DAS FRESTAS—E EU VIM PRA FICAR!

EU VIM PRA FICAAAAAAAAAAAAR!

OOOOOOOOOH-SIIIIIIMMMMMM!