Lyric

O tempo chega, o sol a brilhar

Noite se esconde, não quer olhar

Viver é festa nesta terra antiga

Tanta alegria que quase castiga

Mas o dia esqueceu o seu dever

E o poder do instante quer romper

Do coração, um gole de amargor

Poetas partem primeiro, com ardor!

Poetas partem primeiro!

Poetas partem primeiro!

Poetas partem primeiro… para o céu!

Rostos rasgados, seguem ordens enfim

Estrelas nos olhos, brilham sem fim

Mãos presas à cama, dor a tocar

Lábios cortados, difícil suportar

Mas com uma canção, enfrentam o carrasco

Tomam o chicote da mão do opressor despraço

Das casas amarelas, com a espada a mão

Poetas partem primeiro, sem direção!

Poetas partem primeiro!

Poetas partem primeiro!

Poetas partem primeiro… para o céu!

O vento livre os leva pela janela

Como cartas caindo, frágil centelha

Nem todos percebem a dor a passar

Mas quem sabe, lembra do seu olhar

Desejos e arte em cada gesto vão

Poetas morrerão primeiro, mas vivem na canção!

Poetas morrerão primeiro!

Poetas morrerão primeiro!

Poetas morrerão primeiro… pelo céu!

Poetas partem, partem…

Para o céu!

Poetas partem, partem…

Para o céu!