

Tenho que correr contra o tempo
Tentando fazê-lo mudar
Seco por viver chovendo
Medo de você inundar
Eu nunca rezei com o terço
Metade minha quer afundar
E a outra são sonhos que tenho
E a vontade assídua de buscar
Tudo que perdeu até agora…
Por que ainda seu “eu” te ignora?
Tá naquele ponto que se perdeu
E não sabe ir embora?
Aceita que não deu
Que dói menos
Que já deu sua hora
Nem pra todos deuses resolveu chorar
Se assim fosse
Ateu nem teria
Era só orar
Neurose bateu essas horas
Eu saindo pra noite em meio a cobras
Tento encontrar uma sobra
Uma sombra que me cubra
Ontem fiz uma manobra
Não naquelas mesmas curvas
Tranquei a porta
Coloquei meu coração lá no porta luvas
Sinto
Que essa rua que tô indo
É na contramão
De mãos dadas pros meus contratempo
Atrasa
Já não mais correndo contra o tempo
Sinto que meu sonho foi uma mentira
Uma brisa passageira
E eu sigo a favor do vento
Mesmo com a ventania
Se manteve firme
Fez crescer raízes
Hoje tá tipo vara verde
Tremendo vacilão
Todo arrependido
Vai comer da própria horta
Tá colhendo frustração
Já são anos plantando
E eu não paro
Já são anos pensando
“Por que eu não paro?”
Se ainda não germinaram
São só seus atos
E cê mente, parado
Culpando os outro
E eu tô
Insistindo no orgânico pô
Vendo venderem agrotóxico
Desânimo
Faz pensar
Pra que pensar no dia de hoje
Se eu posso deixar pro próximo?
E pro próximo
E pro próximo…
Cada dia mais distante do ótimo
Cada dia numa estante com fotos
Cada dia é um gestante de um pródigo
Cada dia é um errante
Ou um ópio
Pra onde foi o menino prodígio?
Que dizia que cada dia era uma chance
Um código…
Ele nunca foi adiante
E o que parecia óbvio
Nunca se tornou
Ele nunca deu ouvido
Agora tem que dar razão
Ia ter me arrependido
De ter ido
Em uma reunião de turma
Tipo “qual sua profissão?”
Tanta gente se formou
E eu no formol
Tentando formular um plano se eu for mal
E nessa Fórmula 1
Ainda se meu carro for Gol
Chego na frente de oponente forgado
Eu sei disso
Mas eu tô perdido
Nas luzes dessa cidade achar um feitiço
Que me transforme de trouxa
Em bruxo de novo
Até lembrar que somos todos
Príncipes mestiços
Quem não quer a coroa
O trono?
Mas como viver a toa
Vai te fazer o dono?
A noite cerca com coisas que alucinam
São guilhotina
Sigo mentindo que é disso que eu preciso…
- Lyricist
Thiago Makoto
- Composer
Thiago Makoto
- Producer
Dactes
- Vocals
Thiago Makoto
- Background Vocals
Thiago Makoto
- Rap
Thiago Makoto

Listen to 3:17 by Thiago Makoto
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