Lyric

Cheguei tarde demais tantas vezes à minha sorte

Me perdi no caminho e nunca voltei

Carreguei sonhos como sapatos grandes demais

E os perdi – em algum instante fugaz

Os homens eram promessas de vidro

Brilhavam bonito, mas quebravam demais

Bebi à vida – ora seca, ora doce

Mas na maioria das vezes só restava o amargo adeus

Aprendi a partir

Mesmo que o coração fique

Pare de implorar

Quando ninguém responde

Não rio mais por obrigação –

Mas também não choro à luz do dia

Os anos são silenciosos, mas falam alto

Mostram o que não se deve esperar

Carrego minhas cicatrizes como velhos estilos

Elas combinam com o sorriso – e às vezes com o olhar

E quando a cortina cair, sem nenhum aplauso

Ainda estarei de pé, mesmo sem lar

Pois força, meu caro, nem sempre é vitória –

Às vezes é recuar com dignidade e olhar

Aprendi a partir

Nem todo caminho é meu

Pare de ver

O que nunca será

Amo – simples e silencioso

Mas não espero resposta